23 novembro, 2006

transborda


aqui na ilha há tanto mar, o mar e mais o mar. ele transborda de tempo em tempo. diz que sim, depois que não, diz sim e de novo não. no azul, na espuma, em galope ele diz não e novamente sim. não fica tranqüilo, não consegue parar. meu nome é mar ele repete batendo numa pedra, mas sem convencê-la. depois com as sete línguas verdes de sete tigres verdes, de sete cães verdes, de sete mares verdes ele a acaricia, a beija e a umedece; e escorre em seu peito e repetindo seu próprio nome.